quarta-feira, 22 de junho de 2011

RAÍZES (A)

NO SERTÃO NASCERA E POR LÁ VIVERA SEM OUVIR FALAR DE FELICIDADE.  TINHA QUASE TUDO: ARROZ E FEIJÃO...  CALÇADOS NÃO TINHA! TINHA PÉS NO CHÃO.  BICHO-DE-PÉ, TINHA!  TINHA TRUPICÃO DE ARRANCAR AS UNHAS E DESTRONCAR O DEDÃO...
MUITO CARRAPATO, FORMIGÃO ERA MATO E A ONÇA PINTADA? SÓ COM SEU ESTURRO
FAZIA O MAGRELO TREMER DEBAIXO DA CAMA...  COM MEDO, ELE NEM LATIA E ATÉ URINAVA...  CHOVIA PRA DEDÉU E OS CORISCOS NO CÉU INCENDIAVA A LAMA.  POBRE
PAIZINHO!  TODO INTANGUIDO DE FRIO VOLTAVA DA ROÇA PRA SUA RICA PALHOÇA TÃO BOA E QUENTINHA, JUNTO À FOGUEIRINHA NO MEIO DA SALA NÓIS SE REUNIA PRA OUVIR ESTÓRIAS QUE PAPAI CONTAVA...  ME LEMBRO! EU VOAVA NAS CENAS DO DRAMA...  AH! QUANDO A GENTE AMA TEM TUDO DE BOM!  SÓ UMA MELANCIA E JÁ VIRAVA FESTA!  E O MILHO ASSADO!...  HUM!  TEM COISA MELHOR?  EU DIGO QUE NÃO.
LÁ TÍNHAMOS TUDO AO ALCANCE DAS MÃOS.  MEU BRINQUEDO ERA UM BICO DE TUCANO PRA ARRANHAR O CHÃO NAS CENAS QUE EU VIA...  POR LÁ ANDAVAM MUITAS COBRAS, MAS MAMÃE-GUERREIRA, SÓ NA CARTUCHEIRA NÃO ERRAVA UM TIRO...  A CABEÇA SUMIA E A GENTE CORRIA BRA BATER COM A VARA ENQUANTO A COBRA SE MEXIA...  FOI UM TEMPO BOM!  AINDA VEJO O BATOM  E O PÓ DE ARROZ QUE
A MANINHA GANHOU.  LADY ERA A MARCA E ELA TÃO BONITA AQUILO NEM USAVA.  OLHAVA E GUARDAVA COM TODO CARINHO PRA DURAR BASTANTE...  PRA QUE TORNAR BELO O QUE ERA CONSTANTE?  ATÉ ESTAS CENAS, TRÊS IRMÃOS APENAS;  CLOTILDE, DARCI E EU    

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