domingo, 4 de novembro de 2012

Um gambá cheira outro


Há algumas décadas éramos reprimidos demais e só fazíamos o que nossos pais permitiam.
Não tínhamos uma vida boa, mas eles sabiam o que era melhor para nós...  bem, pelo menos não se via ninguém sendo sequestrado ou mantido em cativeiro.  Não se via casas sendo arrombadas e a segurança podia ser feita com pouquíssimos policiais porque não haviam drogas em subúrbios e pequenas cidades de interior...  Mas isto, justamente porque os pais sabiam criar e educar seus filhos-prática esta já há muito tempo abandonada pela grande maioria da população.  Meu pai contava que no seu tempo de solteiro todos os rapazes faziam questão de exibir na cinta um revólver três oitão cromado em todos os bailes onde iam e de vez em quando eles descarregavam suas armas só pelo prazer de fazer barulho-eram os fogos de artifício deles...  Não haviam discórdias.  Era uma festa atrás da outra-o mês inteiro de mutirão, bebedeira e dança no barro batido coberto com lona.  Os pais tinham a preocupação de saber das amizades de seus filhos.  Havia sempre aquela pergunta;  diga-me com quem tu andas que eu lhe direi quem és...  Hoje quando o jovem é arrastado para a delinquência querem botar a culpa nos outros.  Mas quem é o pai da criança?    O    g     f 

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