Perdido em divagações
Vinham-me indagações
Do porque de estar na terra
O meu eu comigo em guerra
Sem trégua, descanso e paz
Tempos duros por demais
De grandes inquietações
Suores e frustrações
Que não quero lembrar mais.
Sem rumo e caminho certo
Vagueava num deserto
Tenebroso e escaldante
Sobressalto a todo instante
Sem porquê e sem razão
Mas não me sentia só
Tinha a atenção atraída
Pra toda espécie de vida
A pulsar em derredor...
Um consolo ia comigo
Me acompanhava um amigo
Anônimo,sem cara e nome
Saciando a minha fome
De amizade e companhia
Que comigo noite e dia
Me escutava e respondia
Dos meus anseios,temores
E ao meu mundo coloria...
Eu me indagava; O que será
Essa voz que não se cala?
Ricocheteia e resvala
Alentando o coração?
Era a voz da consciência
A dar-me toda assistência
No decurso do meu dia
Proporcionando alegria
Aos caprichos da razão...
g f t O
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